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  Empresas

IN: Se uma empresa sofre prejuízos causados por hackers de outro país ela pode processá-lo? Como será feito o julgamento do caso, qual legislação vigora?
Erick: Depende da existência de lei anterior definindo o ataque como crime e de qual a consistência das provas realizadas de que foi um determinado indivíduo que cometeu o dano à empresa. Teoricamente são crimes puníveis pelo código penal como dano material, por exemplo, mas a adoção de punição pelo juiz vai depender de que linha de pensamento este adota, da analogia com o dano material como o conhecemos ou da inexistência de crime por falta de lei anterior que o defina como tal. De qualquer maneira o hacker vai ser acionado e julgado pela legislação brasileira, se nenhum tratado ou convenção internacional dispuser o contrário.
IN: Como as empresas podem evitar prejuízos desse tipo?
Erick: O principal é a adoção de medidas de segurança como programas de firewall, que impedem o acesso dos computadores de fora da empresa. Se o acesso externo é inevitável, quando algum funcionário está viajando, por exemplo, é bom ter um maior controle sobre senhas de acesso e informações disponibilizadas a este acesso externo. Uma boa prática é só permitir acesso externo em máquinas que não contenham informações muito valiosas. Afinal quase ninguém está imune a estes ataques, exemplo disto foi a recente invasão ocorrida nos computadores da divisão de desenvolvimento do Windows e do Office da Microsoft. O próprio CEO, Steve Ballmer admitiu que os hackers conseguiram ver  alguns dos fontes dos dois produtos. Se a Microsoft às vezes fica vulnerável, imagina empresas que não têm a informática como atividade fim.
IN: Como são resolvidos casos de nomes comerciais ou próprios que conflitam com domínios de sites?
Erick: Em sua grande maioria os tribunais têm entendido que os detentores de registro ou notoriedade de nomes comerciais ou próprios têm preferência sobre os domínios dos sites. Com uma ou outra exceção como o aol.com.br, da América on line.
IN: Documentos digitais têm validade jurídica?
Erick: A validade ainda é questionável, o que existe ainda é muita discussão e projetos de lei a respeito. Como as demandas relacionadas à informática ainda são poucas, estes temas acabam terminando em acordo, não gerando um pensamento jurídico sólido.
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